Homenagem a Jane Jacobs – Inscrições abertas para o festival Jane´s Walk São Paulo

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Serviço:

Caminhada Jane´s Walk São Paulo

Dia 06 de maio de 2018 ( Domingo) Horário: 10h Local: em frente a livraria Martins Fontes , Av. Paulista , 509 – Tel.: 11 2167.9900
mapa: https://www.google.com.br/maps/place/Livraria+Martins+Fontes/@-23.5683017,-46.6487596,15z/data=!4m2!3m1!1s0x0:0xca37f674a69a0c75?sa=X&ved=0ahUKEwjii6iIo6HaAhVChZAKHbDXBEkQ_BIIrgEwCw

Mesa de Debate com Jornalistas 11:30 – Legado de Jane Jacobs para as cidades 13:00 – Os Limites do jornalismo e ativismo urbano 14:30 – Debate com autores do livro “Cidade de Pedestres”

Ambos eventos são abertos ao público e gratuito Inscrições: https://www.sympla.com.br/festival-janes-walk__270525

Maiores detalhes sobre Jane´s Walk: https://www.facebook.com/janeswalksampa/

 

Festival Jane´s Walk

Durante os dias 4 e 6 de maio acontecerá em mais de 40 países em mais de 300 cidades ao redor do  mundo (https://janeswalk.org/cities/),  o festival  Jane´s  Walk, o festival é uma homenagem a Jornalista e Ativista urbana, considerada pela revista Planetizen, como a urbanista mais influente do mundo.

Durante o festival acontecerão 2 eventos:

10:00    – Caminhada de manhã na Paulista Aberta 11:30 – Debate com Jornalistas sobre o legado de Jane Jacobs para as cidades no Auditório da Livraria Martins Fontes

Caminhada na Paulista Aberta.

Em São Paulo haverá uma caminhada pela Paulista Aberta, com início ás 10 horas da manhã e término as 11:00h  o evento é aberto mas é necessário fazer uma única inscrição  pelo site www.mobilidadeverde.org

A Jane’s Walk é uma caminhada  para aprender mais sobre  o  legado de Jane Jacobs, ao mesmo tempo em que se pode assimilar e  transmitir  a complexidade das práticas sociais no cotidiano. Segundo a autora  caminhar é produzir  cidadania ,  é se envolver com a vizinhança, sendo a condição  fundamental para avaliar a qualidade do espaço a nossa volta, resultando na possibilidade de construção de espaços mais humanos. Assim como Jane Jacobs convidou durante décadas os cidadãos a sair de suas casas e exercer sua cidadania como uma prática da democracia, a iniciativa procura consolidar essa motivação entre membros da comunidade. As  caminhadas Jane’s Walk promovem a ocupação dos espaços públicos de forma que elas possam   ser compreendidas  através da observação pessoal e coletiva da paisagem urbana, o que finalmente gerado do empoderamento necessário  para construir  não apenas  imaginário coletivo das cidades, mas novas formas de apropriação e usos do espaço urbano.

Jane´s Walk  ( Caminhadas Jane Jacobs) foram criadas em 2007 no Canadá para  promover as idéias de Jane Jacobs, hoje as caminhadas acontecem em mais de 40 países e centenas de cidades, sempre lideradas por voluntários locais. Cada cidade tem um coordenador local.

Durante a caminhada serão abordados temas e iniciativas que Jane Jacobs abordou em seu livro “Vida e Morte das Grandes Cidades” …  A cidade como um grande cenário de práticas sociais, relações de poder, diferenças sociais, a função , ocupação e uso do solo, a infraestrutura, que não valoriza a escala humana, com um crescimento urbano indiferente às necessidades das pessoas, as ruas, o tamanho das calçadas…

Logo após a caminhada faremos um debate no auditório da livraria Martins Fontes  sobre o legado de Jane Jacobs com início as 11:30h.

Sobre Jane Jacobs

Jane Jacobs (1916-2006) foi uma escritora, urbanista e ativista que defendeu as vozes das pessoas comuns no planejamento do bairro e na construção de cidades.

As idéias de Jane Jacobs partiam do princípio que a comunidade era o núcleo mais importante da cidade.  Juntar a vizinhança para caminhar pelo bairro é uma forma de construir cidades mais humanas e sustentáveis.  A caminhada coletiva é segundo Jacobs era  instrumento mais importante  para  construção da nossa cidadania, porque ela possibilita que as pessoas  posssam observar , refletir, compartilhar e  questionar  o espaço urbano a sua volta  e coletivamente reimaginar os lugares em que vivem, trabalham e se divertem.

Jane Jacobs publica seus primeiros textos  no jornal New York Herald Tribune , em 1935, aos 19 anos, um ano após ter chegado em Nova York, em plena depressão dos anos 1930

As ideias de Jane Jacobs sobre cidades caminháveis  são mais relevantes do que nunca para os dias de hoje , sua obra mais conhecida “Morte e Vida das Grandes Cidades”  lançado em 1961 nos EUA, continua sendo leitura obrigatória para pensadores urbanos,  como ela mesmo escreve em suas primeiras linhas  “o livro é  um ataque ao urbanismo centralizador”, estão lá os conceitos e a  importância de cultivar a diversidade,  o desenvolvimento do uso misto consistentes com os princípios de planejamento e desenvolvimento de cidades compactas, a mistura de usos da solo para criar lugares economicamente viáveis. Após 57 anos do lançamento nos EUA,  suas idéias continuam  mais vivas do que nunca, não existe um só autor, planejador urbano ou de mobilidade no mundo que não tenha citado pelo menos uma vez alguma ideia da ativista urbana.

Maiores informações sobre o livro: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/12.137/4736?fb_comment_id=625145060847414_862318680463383#f1f314a41ed4fa4

Sobre a Caminhada:

“as coisas são invisíveis se você não para para reparar”

Arnaldo Antunes

Como a prática do caminhar pode construir e reconstruir lugares?

Caminhar é como semear e fazer colheitas invisíveis de lembranças e associações que estarão para sempre aguardando pelo nosso retorno, andar é dar significado ao lugar, quando temos a percepção sobre as  práticas sociais que flutuam ao nosso redor.

 

Instruções para caminhada:

O sentido de lugar só pode ser adquirido quando andamos a pé, é neste momento que nos conectamos com os espaços, nosso interior é ligado com o exterior e a cidade deixa de ser uma apenas uma abstração, ela ganha novos contornos, sentidos, cores, vibrações, sons, é  a vida acontecendo ao nosso redor. Além do visível, do que podemos enxergar com os nossos olhos, se pararmos para reparar (como nas palavras do Arnaldo Antunes), iremos sentir que os lugares são pequenas cápsulas de tempo e espaço, neste lugar contém histórias, mas como é possível descobrir novas histórias de um lugar? Um lugar sem história é apenas um espaço banal na cidade, mas todo espaço tem uma história, todo o espaço é um lugar para alguém,  são práticas sociais que ficaram impregnadas nos lugares. Nós podemos reconhecer as histórias através das camadas do tempo, da arquitetura, da paisagem, colagens, os sons, a vegetação, os fragmentos, os territórios, a separação, resquícios, classes sociais, os movimentos, as ocupações, as interações, o fluxo de negócios, a infraestrutura, os diálogos, o silêncio, as cores, o calor, as sensações, lembranças e associações, as histórias entre outros elementos. Todas estas questões dão sentido para o que chamamos de cidade, de espaço e de lugar.

Debates :

Mesa 1

Raul Juste Lores – Veja SP Mariana Barros – Esquina Matthew Shirts –  National Geographic Paula Miraglia – Nexo Jornal ( Mediadora)

Mesa 2 – André Palhano – Virada Sustentável – Marcos Souza  ( Mandarin Mobilize) – Dal Marcondes – Natalia Garcia – Cidade para as Pessoas

 

Mesa 3 Debate com autores da Mesa Cidade de Pedestres

Mesa 4

Debate com grupos de caminhantes de São Paulo

Mauro Calliari Leticia Sabino Meli Malatesta Carlinhos Beutel

Inscrições abertas para Festival Jane´s Walk São Paulo dia 6 de maio

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Festival Jane´s Walk

Durante os dias 4 e 6 de maio acontecerá em mais de 40 cidades em mais de 300 cidades ao redor do  mundo (https://janeswalk.org/cities/),  o festival  Jane´s  Walk, o festival é uma homenagem a Jornalista e Ativista urbana, considerada pela revista Planetizen, como a urbanista mais influente do mundo.

Durante o festival acontecerão 2 eventos:

10:00    – Caminhada de manhã na Paulista Aberta 11:30 – Debate com Jornalistas sobre o legado de Jane Jacobs para as cidades

Caminhada na Paulista Aberta.

Em São Paulo haverá uma caminhada pela Paulista Aberta, com início ás 10 horas da manhã e término as 11:00h  o evento é aberto mas é necessário fazer uma única inscrição  pelo site : inscrições gratuitas

A Jane’s Walk é uma caminhada  para aprender mais sobre  o  legado de Jane Jacobs, ao mesmo tempo em que se pode assimilar e  transmitir  a complexidade das práticas sociais no cotidiano. Segundo a autora  caminhar é produzir  cidadania ,  é se envolver com a vizinhança, sendo a condição  fundamental para avaliar a qualidade do espaço a nossa volta, resultando na possibilidade de construção de espaços mais humanos. Assim como Jane Jacobs convidou durante décadas os cidadãos a sair de suas casas e exercer sua cidadania como uma prática da democracia, a iniciativa procura consolidar essa motivação entre membros da comunidade. As  caminhadas Jane’s Walk promovem a ocupação dos espaços públicos de forma que elas possam   ser compreendidas  através da observação pessoal e coletiva da paisagem urbana, o que finalmente gerado do empoderamento necessário  para construir  não apenas  imaginário coletivo das cidades, mas novas formas de apropriação e usos do espaço urbano.

 

Jane´s Walk  ( Caminhadas Jane Jacobs) foram criadas em 2007 no Canadá para  promover as idéias de Jane Jacobs, hoje as caminhadas acontecem em mais de 40 países e centenas de cidades, sempre lideradas por voluntários locais. Cada cidade tem um coordenador local.

Durante a caminhada serão abordados temas e iniciativas que Jane Jacobs abordou em seu livro “Vida e Morte das Grandes Cidades” …  A cidade como um grande cenário de práticas sociais, relações de poder, diferenças sociais, a função , ocupação e uso do solo, a infra-estrutura, que não valoriza a escala humana, com um crescimento urbano indiferente às necessidades das pessoas, as ruas, o tamanho das calçadas…

Logo após a caminhada faremos um debate no auditório da livraria Martins Fontes  sobre o legado de Jane Jacobs com início as 11:30h.

 

Sobre Jane Jacobs

Jane Jacobs (1916-2006) foi uma escritora, urbanista e ativista que defendeu as vozes das pessoas comuns no planejamento do bairro e na construção de cidades.

As idéias de Jane Jacobs partiam do princípio que a comunidade era o núcleo mais importante da cidade.  Juntar a vizinhança para caminhar pelo bairro é uma forma de construir cidades mais humanas e sustentáveis.  A caminhada coletiva é segundo Jacobs era  instrumento mais importante  para  construção da nossa cidadania, porque ela possibilita que as pessoas  posssam observar , refletir, compartilhar e  questionar  o espaço urbano a sua volta  e coletivamente reimaginar os lugares em que vivem, trabalham e se divertem.

Jane Jacobs publica seus primeiros textos  no jornal New York Herald Tribune , em 1935, aos 19 anos, um ano após ter chegado em Nova York, em plena depressão dos anos 1930

As ideias de Jane Jacobs sobre cidades caminháveis  são mais relevantes do que nunca para os dias de hoje , sua obra mais conhecida “Morte e Vida das Grandes Cidades”  lançado em 1961 nos EUA, continua sendo leitura obrigatória para pensadores urbanos,  como ela mesmo escreve em suas primeiras linhas  “o livro é  um ataque ao urbanismo centralizador”, estão lá os conceitos e a  importância de cultivar a diversidade,  o desenvolvimento do uso misto consistentes com os princípios de planejamento e desenvolvimento de cidades compactas, a mistura de usos da solo para criar lugares economicamente viáveis. Após 57 anos do lançamento nos EUA,  suas idéias continuam  mais vivas do que nunca, não existe um só autor, planejador urbano ou de mobilidade no mundo que não tenha citado pelo menos uma vez alguma ideia da ativista urbana.

Maiores informações sobre o livro: Vitruvios

Serviço:

Caminhada Jane´s Walk São Paulo Caminhada como prática de construção de Lugares Dia 06 de maio de 2018 ( Domingo) Horário: 10h Local: em frente a livraria Martins Fontes , Av. Paulista , 509 – Tel.: 11 2167.9900 Inscrição: ou  página FB: mapa: https://www.google.com.br/maps/place/Livraria+Martins+Fontes/@-23.5683017,-46.6487596,15z/data=!4m2!3m1!1s0x0:0xca37f674a69a0c75?sa=X&ved=0ahUKEwjii6iIo6HaAhVChZAKHbDXBEkQ_BIIrgEwCw

Mesa de Debate com Jornalistas 11:30 – Legado de Jane Jacobs para as cidades 13:00 – Os Limites do jornalismo e ativismo urbano 14:30 – Debate com autores do livro “Cidade de Pedestres”

Ambos eventos são abertos ao público e gratuito Inscrições: https://www.sympla.com.br/festival-janes-walk__270525

Maiores detalhes sobre Jane´s Walk: https://www.facebook.com/janeswalksampa/

 

 

Incrições abertas para Janes Walk São Paulo dia 24 de março – 10h

29187295_744539659077644_6841313965390168064_nNeste novo formato Jane´s Walk São Paulo, qualquer pessoa pode liderar uma caminhada Jane´s Walk, basta ter uma boa idéia, disposição, vontade de espalhar os preceitos de Jane Jacobs. A primeira caminhada do ano é uma parceria com a facilitadora de Design Thinking Cíntia Citton, seguido de um laboratório cartografico onde iremos construir mapas sobre o percurso percorrido,  caminhada acontecerá dia 24 de março , inscrições:

Caminhadas Jane´s Walk em São Paulo

Caminhadas Jane´s Walk em São Paulo

Este ano, o Instituto Mobilidade Verde, que organiza as caminhadas Jane´s Walk em São Paulo desde 2013 modificou o formato da caminhada. A partir de março, qualquer pessoa que desejar liderar uma caminhada Jane´s Walk coordenadas pelo Instituto,  poderá faze-las na cidade de São Paulo  obedecendo algumas orientações:

  • As caminhadas Jane´s Walk são gratuítas e voluntárias
  • Informar o Instituto mobilidade verde sobre a data da caminhada
  • Lembrar que o objetivo das caminhadas  é a construção de relações sociais e integração: sociedade e cidade.
  • Caminhadas podem ser temáticas, encontre uma e junte-se a nós
  • As fotos da caminhadas e informações podem ser carregadas diretamente do site internacional  Janeswalk.org

mais informações contato@mobilidadeverde.org

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Fundador da Green Mobility é convidado para o Advisor Board do WRI Ross Prize for Cities

Foi  lançado oficialmente em Nova York  o WRI Ross Prize for Cities, uma premiação internacional para Cidades, planejadores, pensadores urbanos, ativistas urbanos que estão transformando suas cidades através de intervenções urbanas de micro e macro escala. São atividades cujo efeito traz mudanças profundas na forma como as pessoas ocupam a cidade ou influenciam novas formas de ocupação e uso do solo, que podem inspirar outras cidades. Lincoln Paiva, fundador da Green Mobility e do Instituto Mobilidade Verde foi convidado para fazer parte do grupo de conselheiros do prêmio.

 

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Cidade de Pedestres

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Organizado por Victor Andrade e Clarisse Linke, o livro traz experiências nacionais e internacionais de caminhabilidade. O Instituto Mobilidade Verde participa do livro no capítulo de Metodologias.

Caminhar é a forma mais democrática de se locomover. O debate em torno da qualidade de vida nas cidades contemporâneas e sobre a importância de se pensar e planejar o espaço urbano para o pedestre é um dos mais relevantes e urgentes na agenda mundial hoje. Cidades de pedestres reúne textos com análises e cases sobre caminhabilidade assinados por reconhecidos especialistas nacionais e internacionais, técnicos e pesquisadores – incluindo arquitetos, economistas, médicos -, em que o pedestre é o protagonista do espaço público, e a cidade, a expressão de uma efetiva democracia.

Acesse o link para comprar:  livraria Cultura

 

Performance urbana discute o espaço do corpo na construção do lugar em Hong Kong

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Alunos de Mestrado da Universidade Politécnica de Hong Kong

 

O projeto foi realizado através de uma cooperação entre Instituto Mobilidade Verde e alunos de mestrado da Universidade Politécnica de Hong Kong para criar intervenção urbana com o objetivo de  discutir a função do corpo na construção do lugar pelas ruas de Hong Kong, China.

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O objetivo da performance era explorar lugares de Hong Kong  através do  corpo, ou seja,  como podemos através do corpo re-significar lugares? Como podemos construir novos lugares  a partir da presença do nosso corpo? Qual a relação entre corpo e lugar? Como a partir da experiência do corpo, do lugar podemos desenhar espaços urbanos melhores?

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A idéia inicial era apenas ocupar lugares com o corpo em pontos estratégicos da cidade, trazer a dimensão humana para estes espaços de forma que o corpo pudesse interagir com o cotidiano das pessoas. Um corpo imóvel em lugares de alta fruição, traz que tipo de desconforto? A cidade tem espaço para áreas de contemplação?  Durante o processo de planejamento no local foram incorporados outros elementos de discussão: com a verticalização e o excesso de obstrução na paisagem natural , Hong Kong cria limitação de espaços onde as pessoas podem enxergar o céu.

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Por uma política de microintervenções urbanas nas cidades

O Parklet materializou  a discussão inicial sobre o uso do espaço público

No final de  2012, junto com outros parceiros, propomos uma microintervenção urbana na cidade  de São Paulo que até então inédita na América Latina. Muitos disseram  que não seria possível porque  naquela época o carro dominava 100% da via pública. A situação era a seguinte: Você podia parar um carro na via pública o tempo que você quisesse, mas a cidade não tinha nenhum mobiliário urbano público para o cidadão sentar. Que cidade era essa que tratava o motorista como cidadão de primeira classe e pedestres como cidadãos de 5ª categoria?

Em 2013 o projeto saiu do papel e propomos com outros parceiros um projeto piloto que utilizava a vaga de 2 carros para construção de um espaço de convivência, de descanso, de encontro. Nasceu o primeiro Parklet da America Latina, instalado na esquina da rua Padre João Manuel esquina com a Av. Paulista,  uma intervenção  temporária para gerar uma experiência  sobre como se comportam as pessoas num equipamento que retirava uma vaga de carro na cidade em troca de áreas de convivência. Em pouquíssimo tempo descobrimos que o Parklet não tirava vaga de carros nas ruas, mas que os carros estavam retirando o espaço de 300, 400 pessoas por dia que utilizam estes equipamentos na rua. Descobrimos que a maioria dos usuários eram compostos por trabalhadores de baixa renda que faziam diversos  usos ao longo do dia, espaço para leitura, para almoçar, para encontrar amigos, para descanso de idosos, entre outros usos. Trabalhadores que antes utilizavam as muretas de vasos de plantas da Av. Paulista.

A evolução do Parklet

O Parklet cumpriu sua função na cidade de São Paulo, e ainda é usado como política pública para discutir o uso do solo com mais equidade em diversos pontos da cidade, cabendo a sociedade civil discutir o uso destes equipamentos, fiscalizar e manifestar-se sobre sua ocupação, no entanto,   é preciso avançar nas políticas públicas urbanas permanentes para melhorar a vida do cidadão e estimular a mobilidade a pé.

Descobrimos que é possível utilizar este espaço da rua em benefício do cidadão, a retirada do estacionamento do carro não prejudicou o motorista nem o comerciante e não trouxe problemas de tráfego ou acidentes, pelo contrário, faz três anos que estes dispositivos são instalados na cidade de São Paulo e hoje em dia  são instalados em todo Brasil e América Latina.

É possível agora fazer a extensão das calçadas de forma definitiva, ampliar o espaço do pedestre, instalar mobiliários urbanos definitivos, entre outras intervenções que melhoram não apenas a vida do pedestre, mas a paisagem urbana.

É preciso entender que o Parklet foi uma discussão sobre o uso de espaços públicos, mas agora em São Paulo  é preciso avançar em soluções permanentes, todas as cidades que desenvolvem políticas de parklet precisam entender a necessidade de avançar em políticas permanentes para favorecer o pedestre. É fato que políticas que estimulam a caminhada a pé, a fruição e a permanência das pessoas nos espaços públicos melhoram a segurança pública e a dinâmica da cidade.

Pesquisa de caminhabilidade com deficientes visuais

Caminhabilidade é o estudo do porque as pessoas caminham ou deixam de caminhar num determinado local. Existem diversas questões relacionadas com o incentivo a mobilidade a pé como por exemplo as condições da infraestrutura física. Há outras questões ligadas a outros fatores como familiaridade, percepção de segurança, afetividade entre outras questões mais subjetivas. Muita vezes a avaliação da caminhabilidade é empobrecida pela capacidade que temos em apenas observar as questões mais objetivas, técnicas etc.  Os deficientes visuais percebem a cidade de outra forma, que valoriza outros sentidos e formas de perceber a cidade. A cidade é complexa para quem consegue enxergar, mas os deficientes visuais conseguiram desenvolver outros sentidos que ajudam na sua compreensão da cidade, mais rica em percepções. O ruído, o vento, o cheiro, áreas abertas,  são as bases de como eles constroem  a sua realidade na cidade.

Na próxima quarta-feira 20 de julho iremos fazer uma caminhada com deficientes visuais, esta experiência faz parte dos nossos estudos sobre caminhabilidade e queremos aprender com os deficientes visuais a perceber a cidade de uma outra forma.

A caminhada é aberta para o público , quem quiser participar é só chegar

encontro , quarta-feira as 9h as 12h
Local : Parklet da rua Pe João Manuel , esquina com a av. Paulista ( ao lado do conjunto Nacional).
Procurar Giulia

contato@mobilidadeverde.org

 

 

Instituto Mobilidade Verde e Swissnex Brazil

SWISS BRAZIL

No sábado, dia 7 de maio, o IMV participou do workshop de soluções para a cidade promovido pela Swissnex Brazil, uma empresa suiça público-privada focada em educação pesquisa e inovação. A empresa contatou um grande grupo de especialistas em transporte e poluição, bikeativistas e interessados em geral para discutir formas de aplicar no Brasil o projeto de pesquisa suíço chamado BeMap.

O projeto, desenvolvido por universitários da EPFL – Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne –  consiste em um sensor projetado para bicicletas que é capaz de medir o nível de poluição dos trajetos que o ciclista percorre e criar, em código aberto, um índice de poluição de acordo com o trajeto percorrido.

Numa escala de verde a vermelho – que pode ser regulada de acordo com os níveis de medição de poluição de cada cidade – o ciclista faz seu percurso e consegue criar um mapeamento automático da poluição dentro dos percursos feitos, apenas por meio de uma conexão USB do sensor a um computador que contenha o mapa da cidade carregado.

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O projeto, da forma que foi desenvolvido, abre a possibilidade de melhorar os percursos de ciclovias existentes, deslocando os projetos de ciclovias para áreas menos poluídas com o auxílio direto dos próprios ciclistas, que podem compartilhar e comparar melhores rotas para sua saúde, ficando menos expostos a áreas mais poluídas.

Como parte da discussão do projeto no Brasil, o grupo Swissnex Brazil propôs uma atividade anterior ao workshop. Reuniu ciclistas interessados e forneceu 10 sensores a eles para que fizessem o teste da ferramenta em alguns percursos de ciclovias do Municipio de São Paulo. Os percursos escolhidos foram pensados para todas as regiões da cidade – Norte, Sul, Leste Oeste – e para os 3 períodos do dia – manhã, tarde e noite.

Por falta de quórum as medições acabaram sendo feitas apenas em ciclovias centrais – marginal Pinheiros e centro velho – mas já puderam dar uma pequena amostra da poluição a qual se está exposto nestes percursos de ciclovias. Demostrou-se, não em nível de pesquisa, mas de teste, que não apenas o ciclista, mas também os pedestres estão bastante expostos a poluição nestes trechos. No entanto, o mais interessante foi perceber que os motoristas de automóveis particulares são os que, de longe, estão mais expostos aos malefícios da poluição, já que, por proposta do IMV, a Swissnex Brazil também distribuiu 2 sensores para motoristas de taxi, que fizeram parte da amostragem.

O resultado dos dados e mapas da amostragem não pôde ser utilizados no workshop de discussão como base numérica, mas ajudaram na reflexão do grupo de que os danos da poluição podem nos afetar fortemente mesmo quando pensamos que estamos protegidos dentro do automóvel.

Depois do workshop de discussão, que contou com técnicos do ITDP, CET, ONGS, coletivos e ciclistas, o IMV agora vai em busca de como podemos nos apropriar no Brasil, a começar por São Paulo, deste sensor e dessa tecnologia suíça que, mesmo em fase de teste, já demonstra que pode ser uma ferramenta importante no processo de mudança cultural e política no que diz respeito a troca dos modais motorizados de transporte pelos não motorizados. Essa mudança é urgente e com certeza todos temos a ganhar com ela, começando com o que nos é essencial, nossa saúde.

por Letticia Rey

Instituto Mobilidade Verde está na cidade de Portland – EUA, estudando os Jardins de Chuva

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Portland tem desenvolvido projetos urbanos para melhorar a qualidade da água do rio que corta a cidade  ao mesmo tempo que controla os riscos de  inundação e a  integração:  microdrenagem e  paisagem urbana.

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Em 2005 a prefeitura e a Universidade de Portand instalaram o projeto Green Street no centro da cidade. Trata-se de uma intervenção urbana inovadora, eles desenvolveram um conjunto de jardins de chuva projetados para capturar e infiltrar aproximadamente 8.000 m² de escoamento de agua da chuva. A instalação do projeto priorizou o espaço dos pedestres. O projeto tem demonstrado que áreas fortemente urbanizadas podem receber projetos de microdrenagem urbana com benefícios ambientais sem interferir na paisagem urbana.

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Os jardins de chuva são coletores de águas pluviais superficiais, a água da chuva é interceptada antes de cair na boca de lobo e ir para as galerias. Hoje toda água da chuva vai diretamente para as galerias e transportadas até os pontos de lançamento, ou seja, para os rios da cidade ou para as bacias de amortecimento ( piscinões).  O Jardim de chuva  intercepta a água antes de chegar na boca de lobo, a agua é acumulada num jardim que recebe um tratamento com pedra, cascalho, areia etc… que filtra a água  e permite a infiltração da água no solo a uma taxa de  20 cm  de água por hora. Os jardins de chuva recebem a água da sarjeta e do passeio de pedestre, eles estão interconectados, desta forma, dependendo da intensidade da chuva o excedente é enviado para o proximo jardim e assim sucessivamente.  A quantidade de água e infiltração  vai depender da profundidade e tamanho do jardim.

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Os jardins de chuva são utilizados como Traffic Calming, ajudam nas travessias de pedestres, ilhas de canalização de fluxo de veículos…

O Instituto Mobilidade Verde juntamente com o Engenheiro especializado em recursos hídricos Guilherme Castagna , estão desenvolvendo o primeiro projeto de jardins de chuva na via pública, o objetivo é ajudar o  de São Paulo regulamentar os jardins de chuva como um instrumento urbanístico da cidade e contribuir com  o sistema de micro-drenagem , paisagem urbana e qualidade de vida dos cidadãos.

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Caderno especial do Estado de São Paulo destaca opinião do Instituto Mobilidade Verde sobre importância de andar a pé

Reportagem especial do Jornal Estado de São Paulo de hoje, Aniversário de SP, onde destaco a importância do pedestre na cidade , sem uma política para diminuir a hostilidade ao pedestre, jamais teremos qualidade de vida que merecemos…

“O ambientalista Lincoln Paiva, presidente do Instituto Mobilidade Verde, também defende que é preciso pensar a mobilidade do ponto de vista do pedestre. Para ele, as pessoas só vão gostar de andar a pé se a cidade deixar de ser hostil ao pedestre. “As pessoas têm medo de andar na rua. Faltam árvores, temos ilhas de calor espalhadas pela cidade, as travessias não são facilitadas. Faltam lugares para que as pessoas possam sentar e descansar”, explica.

Para ele, a implementação de mais ciclovias também conversa com isso. “Em geral se acha que elas são importantes só para o ciclista, mas são para o pedestre. Onde há uma ciclovia, a cidade fica mais calma, porque a velocidade dos carros diminui. E ter mais gente andando na rua deixa também a cidade mais segura.”

clique no link: Estado de São Paulo