Homenagem a Jane Jacobs – Inscrições abertas para o festival Jane´s Walk São Paulo

29187295_744539659077644_6841313965390168064_n

Serviço:

Caminhada Jane´s Walk São Paulo

Dia 06 de maio de 2018 ( Domingo) Horário: 10h Local: em frente a livraria Martins Fontes , Av. Paulista , 509 – Tel.: 11 2167.9900
mapa: https://www.google.com.br/maps/place/Livraria+Martins+Fontes/@-23.5683017,-46.6487596,15z/data=!4m2!3m1!1s0x0:0xca37f674a69a0c75?sa=X&ved=0ahUKEwjii6iIo6HaAhVChZAKHbDXBEkQ_BIIrgEwCw

Mesa de Debate com Jornalistas 11:30 – Legado de Jane Jacobs para as cidades 13:00 – Os Limites do jornalismo e ativismo urbano 14:30 – Debate com autores do livro “Cidade de Pedestres”

Ambos eventos são abertos ao público e gratuito Inscrições: https://www.sympla.com.br/festival-janes-walk__270525

Maiores detalhes sobre Jane´s Walk: https://www.facebook.com/janeswalksampa/

 

Festival Jane´s Walk

Durante os dias 4 e 6 de maio acontecerá em mais de 40 países em mais de 300 cidades ao redor do  mundo (https://janeswalk.org/cities/),  o festival  Jane´s  Walk, o festival é uma homenagem a Jornalista e Ativista urbana, considerada pela revista Planetizen, como a urbanista mais influente do mundo.

Durante o festival acontecerão 2 eventos:

10:00    – Caminhada de manhã na Paulista Aberta 11:30 – Debate com Jornalistas sobre o legado de Jane Jacobs para as cidades no Auditório da Livraria Martins Fontes

Caminhada na Paulista Aberta.

Em São Paulo haverá uma caminhada pela Paulista Aberta, com início ás 10 horas da manhã e término as 11:00h  o evento é aberto mas é necessário fazer uma única inscrição  pelo site www.mobilidadeverde.org

A Jane’s Walk é uma caminhada  para aprender mais sobre  o  legado de Jane Jacobs, ao mesmo tempo em que se pode assimilar e  transmitir  a complexidade das práticas sociais no cotidiano. Segundo a autora  caminhar é produzir  cidadania ,  é se envolver com a vizinhança, sendo a condição  fundamental para avaliar a qualidade do espaço a nossa volta, resultando na possibilidade de construção de espaços mais humanos. Assim como Jane Jacobs convidou durante décadas os cidadãos a sair de suas casas e exercer sua cidadania como uma prática da democracia, a iniciativa procura consolidar essa motivação entre membros da comunidade. As  caminhadas Jane’s Walk promovem a ocupação dos espaços públicos de forma que elas possam   ser compreendidas  através da observação pessoal e coletiva da paisagem urbana, o que finalmente gerado do empoderamento necessário  para construir  não apenas  imaginário coletivo das cidades, mas novas formas de apropriação e usos do espaço urbano.

Jane´s Walk  ( Caminhadas Jane Jacobs) foram criadas em 2007 no Canadá para  promover as idéias de Jane Jacobs, hoje as caminhadas acontecem em mais de 40 países e centenas de cidades, sempre lideradas por voluntários locais. Cada cidade tem um coordenador local.

Durante a caminhada serão abordados temas e iniciativas que Jane Jacobs abordou em seu livro “Vida e Morte das Grandes Cidades” …  A cidade como um grande cenário de práticas sociais, relações de poder, diferenças sociais, a função , ocupação e uso do solo, a infraestrutura, que não valoriza a escala humana, com um crescimento urbano indiferente às necessidades das pessoas, as ruas, o tamanho das calçadas…

Logo após a caminhada faremos um debate no auditório da livraria Martins Fontes  sobre o legado de Jane Jacobs com início as 11:30h.

Sobre Jane Jacobs

Jane Jacobs (1916-2006) foi uma escritora, urbanista e ativista que defendeu as vozes das pessoas comuns no planejamento do bairro e na construção de cidades.

As idéias de Jane Jacobs partiam do princípio que a comunidade era o núcleo mais importante da cidade.  Juntar a vizinhança para caminhar pelo bairro é uma forma de construir cidades mais humanas e sustentáveis.  A caminhada coletiva é segundo Jacobs era  instrumento mais importante  para  construção da nossa cidadania, porque ela possibilita que as pessoas  posssam observar , refletir, compartilhar e  questionar  o espaço urbano a sua volta  e coletivamente reimaginar os lugares em que vivem, trabalham e se divertem.

Jane Jacobs publica seus primeiros textos  no jornal New York Herald Tribune , em 1935, aos 19 anos, um ano após ter chegado em Nova York, em plena depressão dos anos 1930

As ideias de Jane Jacobs sobre cidades caminháveis  são mais relevantes do que nunca para os dias de hoje , sua obra mais conhecida “Morte e Vida das Grandes Cidades”  lançado em 1961 nos EUA, continua sendo leitura obrigatória para pensadores urbanos,  como ela mesmo escreve em suas primeiras linhas  “o livro é  um ataque ao urbanismo centralizador”, estão lá os conceitos e a  importância de cultivar a diversidade,  o desenvolvimento do uso misto consistentes com os princípios de planejamento e desenvolvimento de cidades compactas, a mistura de usos da solo para criar lugares economicamente viáveis. Após 57 anos do lançamento nos EUA,  suas idéias continuam  mais vivas do que nunca, não existe um só autor, planejador urbano ou de mobilidade no mundo que não tenha citado pelo menos uma vez alguma ideia da ativista urbana.

Maiores informações sobre o livro: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/12.137/4736?fb_comment_id=625145060847414_862318680463383#f1f314a41ed4fa4

Sobre a Caminhada:

“as coisas são invisíveis se você não para para reparar”

Arnaldo Antunes

Como a prática do caminhar pode construir e reconstruir lugares?

Caminhar é como semear e fazer colheitas invisíveis de lembranças e associações que estarão para sempre aguardando pelo nosso retorno, andar é dar significado ao lugar, quando temos a percepção sobre as  práticas sociais que flutuam ao nosso redor.

 

Instruções para caminhada:

O sentido de lugar só pode ser adquirido quando andamos a pé, é neste momento que nos conectamos com os espaços, nosso interior é ligado com o exterior e a cidade deixa de ser uma apenas uma abstração, ela ganha novos contornos, sentidos, cores, vibrações, sons, é  a vida acontecendo ao nosso redor. Além do visível, do que podemos enxergar com os nossos olhos, se pararmos para reparar (como nas palavras do Arnaldo Antunes), iremos sentir que os lugares são pequenas cápsulas de tempo e espaço, neste lugar contém histórias, mas como é possível descobrir novas histórias de um lugar? Um lugar sem história é apenas um espaço banal na cidade, mas todo espaço tem uma história, todo o espaço é um lugar para alguém,  são práticas sociais que ficaram impregnadas nos lugares. Nós podemos reconhecer as histórias através das camadas do tempo, da arquitetura, da paisagem, colagens, os sons, a vegetação, os fragmentos, os territórios, a separação, resquícios, classes sociais, os movimentos, as ocupações, as interações, o fluxo de negócios, a infraestrutura, os diálogos, o silêncio, as cores, o calor, as sensações, lembranças e associações, as histórias entre outros elementos. Todas estas questões dão sentido para o que chamamos de cidade, de espaço e de lugar.

Debates :

Mesa 1

Raul Juste Lores – Veja SP Mariana Barros – Esquina Matthew Shirts –  National Geographic Paula Miraglia – Nexo Jornal ( Mediadora)

Mesa 2 – André Palhano – Virada Sustentável – Marcos Souza  ( Mandarin Mobilize) – Dal Marcondes – Natalia Garcia – Cidade para as Pessoas

 

Mesa 3 Debate com autores da Mesa Cidade de Pedestres

Mesa 4

Debate com grupos de caminhantes de São Paulo

Mauro Calliari Leticia Sabino Meli Malatesta Carlinhos Beutel

Deixe um comentário